Não decolou

Não decolou a candidatura do ex-Juiz e sempre político Sérgio Moro, que pretendia suceder Bolsonaro na presidência do país.

Moro ficou abaixo de Ciro Gomes na última pesquisa CNT/MDA, divulgada nessa segunda-feira, 21.

A rejeição a Moro, único quesito no qual o ex-Juiz supera todos os outros candidatos, demonstra como o Brasileiro não é completamente otário.

Não decola candidatura de agente da CIA, recrutado pelo DOJ na Justiça Brasileira para ferrar com o Brasil.

Deltan Dallagnol não responde a processo disciplinar

O ex-Procurador federal e ex-coordenador da autodenominada Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, não respondia a nenhum processo disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público quando deixou a carreira de Procurador Federal. A informação é da Corregedoria Nacional do Ministério Público Federal.

“Diante do solicitado, informo que em 4 de novembro de 2021, haviam 11 processos em tramitação na Corregedoria Nacional, sendo 10 Reclamações Disciplinares e 1 Sindicância.”

Sindicância é a fase instrutória de uma espécie de investigação administrativa que pode levar ou não à instauração de um processo disciplinar. Reclamação Disciplinar, por sua vez é uma espécie de denúncia ou pedido de providências encaminhado por alguém à Corregedoria do Ministério Público que pode ou não justificar a instauração de uma Sindicância. Somente o processo disciplinar já instaurado e ainda não concluído é que levaria à inelegibilidade do ex-Procurador.

Sem “corrupção” custa muito mais caro na Petrobrás

O constante aumento do preço dos combustíveis liderado pela maior empresa petrolífera estatal do mundo, a Petrobrás, escancara a triste realidade do que a Lava-Jato fez com o Brasil.

Antes, com toda a “corrupção” que os agora pré-candidatos Sérgio Moro e Deltan Dallagnol diziam combater, a Petrobrás era eficientemente utilizada pelo governo para o seu propósito real: manter sob controle os preços dos combustíveis no Brasil como questão de segurança econômica nacional.

Hoje, livre como um pássaro que voa para as graças do mercado internacional, a Petrobrás não cumpre mais o seu papel. Se transformou em uma empresa provada com capital estatal.

Todos nós pagamos com impostos pela construção e operação da Petrobrás. Pagamos suas despesas de exploração e desenvolvimento tecnológico. Pagamos com o risco ambiental e pagamos pelos litros de combustível que consumimos da petrolífera estatal. Mas todo esse investimento público hoje serve somente aos interesses dos acionistas minoritários e de grandes oligopólios do petróleo internacionais.

Que país é esse no qual a fim da “corrupção” faz mal para o cidadão? Que expropria do povo o verdadeiro propósito de uma companhia de petróleo construída com dinheiro público, estatal?

“Corrupção” na Petrobrás foi apenas uma bandeira erguida para beneficiar empresas estrangeiras e com propósito eleitoral.

Deltan candidato

A eminente saída do procurador Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal – MPF para concorrer ao cargo de Deputado Federal ao lado, e pelo mesmo partido, que o ex-juiz Sérgio Moro escancara algo muito errado que ainda há no Brasil: o conluio entre juiz e promotor para prejudicar o direito de defesa do réu.

Foi assim com a Lava-Jato e é assim com outros processos penais no Brasil.

Ministério Público fabrica provas, distorce os fatos, constrói narrativas, força delações, tudo sob orientação de um juiz que não julga um processo. Em vez de julgar de forma isenta e imparcial, participa lado a lado e orienta a acusação. É participe de um teatro arranjado. É tudo, mas não é juiz.

Isso demostra como não existe justiça no Brasil, séria e imparcial para todos, enquanto não for posto em prática o Juiz de Garantias, aprovado e sancionado, mas suspenso pelo Supremo Tribunal Federal.

O consórcio lavajatista formado entre acusação e juiz demostra com clareza essa grave falha processual.

Um ex-juiz e um ex-procurador concorrendo juntos, a dois cargos políticos pelo mesmo partido, evidencia o quanto corrompida e politico-partidária foi aquela que se afirmava ser a maior operação de combate a corrupção no Brasil.

A Lava-Jato sempre foi um partido. A diferença agora é que para angariar votos precisa seguir as regras da disputa eleitoral.

Os jogadores, a plateia e o Juiz

Já faz tempo que na pelada carioca as coisas andam mais pra lá do que pra cá, mais ou menos como aconteceu com a pelada no Paraná.

Certa vez um time desses de funcionários de uma empresa chamada Moveis Pietruzini – MP, abandonou o nome do empregador e adotou o nome do lava jato, aonde onde deixavam seus carros para ir jogar no campinho de grama sintética com vista para o mar.

Foram os holofotes do campinho que deslumbraram os funcionários da MP.

O Juiz, diante de tamanho brilho, decidiu que a roupa preta já não lhe agradava mais. Chamou de lado os jogadores e decidiu combinar alguns gols. Queria um verdadeiro espetáculo, nada como um ordinário 0x0 ou um triste 1×1.

– “Joga adiantado que eu não marco o impedimento”, disse o Juiz a um dos jogadores da MP.

Não era o tipo de coisa que se diria em voz alta. Mas é o tipo de coisa que ninguém escutaria se fosse combinada do jeito certo, por mensagens do Telegram.

Houve os que concordaram porque achavam muita filigrana essa regra do impedimento no Futebol. Mas houve os que acharam meio estranho e lembraram que, se fossem contra, nunca mais seriam chamados para o time do lava jato dos funcionários da empresa MP.

Foi assim que naquele dia surgiu o primeiro gol. O Juiz sabia que o quê estava fazendo não era exatamente um jogo de Futebol. Mas sabia também que no final o jogo é pra a plateia e que o que todo mundo quer mesmo é ver o gol e foi assism que o jogo continuou.

2×0. 3×0. 4×0.

Até que os jogadores do time adversário, o dos funcionários de um escritório de advocacia que ficava ao lado da empresa de móveis, perdeu o ânimo.

Já não tinha mais aquele mesmo entusiasmo do início da partida, sentia que as regras que conheciam do Futebol já não se aplicavam mais.

Foi então que o Juiz percebeu o que estava acontecendo. Que aquele jogo de gols combinados já não agrava mais.

Chamou então o capitão do time dos advogados e pediu que combinasse com o goleiro para que o jogo não terminasse assim.

– “4×0 vai ser muito ruim para vocês” – disse o Juiz.

– “Mas vamos combinar assim: vocês jogam bonito como se o jogo não fosse combinado. Não é como se eu fosse deixar passar uns 49×0 em vocês. Mas preciso que vocês deixem passar pelo manos mais 3 gols.” – completou.

– “Em troca, deixo passar um gol de vocês para vocês terem pelo menos um gol.” – concluiu.

Os jogadores do time dos Advogados sabiam que era isso ou ter todos seus gols anulados pelo Juiz. A final, não existe jogo limpo quando um dos jogadores é o Juiz.

Aceitaram o combinado infame e foi assim que naquele dia que tudo aconteceu.

A plateia vibrou, a imprensa noticiou e muita gente sorriu.

Foi o dia que o Juiz brilhou, esqueceu a roupa preta e fez história. Foi o dia em que o Juiz combinou o resultado da partida e fez a plateia vibrar com o 7×1 do time com o nome do lava jato dos funcionários da MP.

Os Juízes políticos da Lava-Jato

Nada faz tão mal para a economia de um país quanto uma justiça parcial a serviço de interesses políticos indefensáveis. Mas é assim que agem os Juízes, Desembargadores e Promotores políticos da Lava-Jato.

Com mandados de prisão preventiva contra réus com endereço fixo e por fatos pretéritos, somados a vazamentos de delações que ainda não transitaram em julgado com o objetivo de prejudicar a reputação de adversários, os Juízes se jogam de cabeça no lamaçal da política partidária. Carregam consigo para a sarjeta da história a esperança de existir no Brasil um ambiente sadio para negócios.

A politização da Justiça cobra seu preço em dólares. Seja pela desvalorização da moeda, seja pela perda da atratividade do país para investimentos. O dinheiro não tolera desaforos.

Diante de uma Justiça parcial, o dinheiro se protege. Faz as malas e vai embora.

Justiça exige o dever inafastável da imparcialidade. Juiz não é jogador, juiz é árbitro.

O que a Lava-Jato mostrou ao Brasil foram os graves efeitos deletérios do estrelismo judiciário. Que agora direcionam a culpa a bodes expiatórios como a China, a previdência social ou os servidores públicos, para desviar a atenção dos prejuízos causados pela falta de profissionalismo e excesso de vaidade dos Juízes, Desembargadores e Promotores políticos da Lava-Jato.

Os prejuízos à economia nacional causados pela Lava-Jato já estão consolidados. O que precisamos agora é recuperar a imparcialidade da Justiça em busca da segurança jurídica que foi levada embora.

Originally published at https://marcelkroetz.com.br on August 9, 2020.

Grupo Prerrogativas reúne provas de conluio da Lava-Jato entre Juiz e MP

Não precisa ser um expert em direito para sabe que se um juiz fez um acordo com a outra parte, grampeou você e seus advogados e escondeu provas a seu favor com o objetivo de te condenar e enganar o tribunal superior você não foi julgado, foi apenas vítima de uma armação judicial.

Mesmo assim um grupo de advogados de defensores públicos chamado Prerrogativas decidiu reunir informações sobre os acordos ilegais e tratativas escusas dos bastidores da Lava-Jato e o ex-Juíz.

O livro se chama “ Livro das Suspeições “ e está sendo lançado neste sábado (1º) em um evento virtual.

O objetivo é fomentar o debate sobre os limites da interferência de juízes no curso das investigações e do processo penal, recuperando os limites republicanos do devido processo legal.

É o que precisa ser feito para o Brasil voltar ao estado de direito e deixar de lado o lavajatismo ilegal.

Originally published at https://marcelkroetz.com.br on August 1, 2020.